Se você procurar informações sobre o estilo pessoal dos arquétipos, é muito comum achar informações associando o arquétipo da amante com o estilo sexy, que é um dos estilos universais – o que é um grande erro e perpetua o preconceito com o arquétipo da amante.
Eu não trabalho com os sete estilos universais por eles colocarem as pessoas em caixinhas e limitarem MUITO as opções e ignorar a personalidade de cada pessoa, e quando a gente pensa na amante apenas como uma mulher sexy, a gente ignora o fato de ser um arquétipo de sentimento e conexão com as pessoas.
Para explicar melhor o meu ponto sobre o preconceito com o arquétipo da amante, vamos começar pelos 4 grupos de arquétipos.
Os 4 grupos de arquétipos
Os 12 arquétipos foram classificados em grupos, através das 4 funções psicológicas principais (definidas pelo Jung):
- Sensação (Estabilidade / Fornecer estrutura ao mundo): O cuidador, o criador e o governante
- Sentimento (Pessoas / Conectar-se aos outros): O amante, o cidadão comum e o bobo
- Pensamento (Independência / Descobrir sua identidade): O inocente, o explorador e o sábio
- Intuição (Maestria / Deixar sua marca): O rebelde, o mago e o herói
O arquétipo da amante está no grupo que tem como habilidade a conexão com as pessoas e os sentimentos. A definição no dicionário também nos ajuda a esclarecer essa ideia e eliminar o preconceito com o arquétipo da amante, já que:
Amante: adjetivo e substantivo de dois gêneros
- 1. que ou aquele que ama; namorado, apaixonado.
- 2. que ou aquele que tem gosto ou inclinação por alguma coisa; amador, apreciador.”a. das artes”
Como psicóloga e consultora de estilo eu me identifico muito com o arquétipo da amante e não me identifico com o estilo sexy que é relacionado a ela, porque a essência do arquétipo está no cuidado com o próximo e não com o estereótipo de amante – mulher que se relaciona com homens casados. Aliás, provavelmente o preconceito com o arquétipo da amante também vem dessa associação, que também é algo visto como negativo.
Explicando o preconceito com o arquétipo da amante
Se você digitar “arquétipo da amante” no google, vai ver que é representado com frequência com umas imagens como essas aqui embaixo, que mostra uma mulher mais sexy, sedutora e ousada, tanto no comportamento quanto no jeito de se vestir:
Por causa disso, muitas pessoas que falam de arquétipo associam a amante ao estilo sexy (nos sete estilos universais), o que nem sempre é uma realidade.
Eu já falei aqui nesse texto sobre o medo que muitas mulheres têm de parecerem sexy, por vergonha, culpa e por acharem que é um comportamento (e um estilo) errado – de “mulher que não presta”. Além disso, amante é a mulher que se relaciona com homens casados / comprometidos, e por isso tem um peso do julgamento alheio em cima desse termo (inclusive algumas pessoas já usam outras nomenclaturas pra falar diminuir o preconceito com o arquétipo da amante).
Também foi por causa de ouvir muitos relatos assim das minhas clientes na consultoria de estilo que eu escrevi esse texto aqui, falando pra gente não usar mais o termo “sexy sem ser vulgar”, e eu sugiro ler ele pra complementar essa leitura.
O preconceito com o arquétipo da amante vem tanto desse medo quanto desse reforço feito por esses profissionais que não exploram o outro lado do arquétipo da amante, que eu falei no começo desse texto: o da pessoa (homem ou mulher) que ama e cuida, que passa mensagem de acolhimento / proximidade (intimidade e desejo de estar perto), conexão e tranquilidade, e e que pode trazer muito sucesso quando “ativado” na sua vida profissional e pessoal.
Pensando nisso, eu trouxe essas imagens que representam o arquétipo da amante sem esse lado super erotizado / sensual:
Escolhi essas fotos que transmitem mistério, cuidado, acolhimento, comunicam amor a alguma coisa ou a si mesma, e ainda assim tem pele de fora, olhar sedutor, tecido gostoso, lugares que mostram atenção com a estética e um convite à estar ali, junto. Foi isso que você sentiu? Nesse texto aqui eu falei que arquétipo não é pra ser visto, e sim sentido, e vale a pena ler pra entender melhor esse conceito.
Vale dizer que eu NÃO FALO SOBRE ARQUÉTIPOS DE MARCAS e sim sobre pessoas e estilo pessoal, mas eu mudei a paleta de cores de propósito, porque sei que tem mulheres que não se identificam com o preto e o vermelho (cores muito associadas ao arquétipo da amante) pra mostrar que dá pra adaptar ao seu gosto ao invés de mudar completamente as suas roupas ou a estética do seu instagram profissional, por exemplo.
Eu acredito na psicologia das cores, mas acredito muito mais na gente se vender como a gente é, se vestir da gente e da nossa essência.
Arquétipo não se escolhe
Muitas pessoas criam uma estratégia errada (como marca ou como pessoa / estilo) por escolher um arquétipo que acha que funciona melhor, mais interessante / rentável ou é mais “bem-visto” ou por renegar o seu arquétipo, que é um conjunto de símbolos que fala da nossa essência e personalidade.
Assim como tem gente que queria ter o arquétipo da amante e escolheria esse para a sua marca se pudesse (para conquistar mais clientes e ser reconhecida como uma marca de alto valor), muitas mulheres têm preconceito com o arquétipo da amante e se prendem a esse estereótipo e ficam frustradas por não se verem nele ou não “aceitarem” que têm esse perfil, e eu espero que esse texto ajude a diminuir o preconceito com o arquétipo da amante!
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