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Acharam o John List graças ao seu estilo e personalidade

O texto de hoje é um pouco diferente dos que eu costumo postar aqui, mas eu achei o caso John List interessante demais pra deixar passar batido, e como acharam ele graças ao seu estilo e personalidade, tem tudo a ver com o que eu falo aqui!

Eu adoro acompanhar séries de crimes e mistérios (na faculdade eu era apaixonada por psicologia jurídica), e desde o ano passado tenho acompanhado o quadro “Quinta Misteriosa”, no canal da Jaqueline Guerreiro, lá no Youtube, onde eu conheci o caso John List.

O caso John List

Nascido em uma família religiosa e super protetora, John Emil List viveu sua infância no fim da década de 20. Sua mãe não deixava ele brincar na rua, temendo que ele se sujasse ou mesmo se machucasse. O menino lia a Bíblia todos os dias com ela e era maltratado pelo pai.

John List participou da Segunda Guerra Mundial, mas não foi à luta realmente, e nessa mesma época seu pai faleceu (e ele sequer derramou uma lágrima).

Depois se formar na faculdade de Contabilidade, John List conheceu Helena, que era uma mãe viúva, e os dois acabaram se casando logo.

John List trabalhava duro como contador para manter sua família e a mansão em estilo vitoriano, onde morava com sua mãe, esposa e três filhos em Westfield, Nova Jersey. A casa tinha 3 andares e 18 cômodos e era a realização de um sonho de sua esposa Helena. Tinha até um salão de festas na casa, mas a família era muito reservada e pouco interagia com os vizinhos.

Ele era responsável pela contabilidade de um banco local e ia com a sua família à igreja todos os domingos, onde John também dava aulas de catecismo voluntariamente. Se uma família se aproximava da definição de sonho americano em 1965, esses eram os List.

Quando John List foi demitido do banco (aos 46 anos), a família começou a se endividar. Ele nunca tinha conseguido se manter em um emprego por muito tempo por causa de seus problemas de socialização, e ficou com vergonha de contar sobre isso para a sua família, e saía de casa todos os dias normalmente, como se estivesse indo trabalhar, e ficava o dia todo na rua, até o dia que resolveu matar a família toda. 

O caso foi descoberto no final de 1971, quando o professor da sua filha Patricia (de 16 anos) percebeu que ela não ia às aulas há mais de 1 mês e resolveu ir à casa dela saber se estava tudo bem. Um vizinho chamou a polícia e eles descobriram os corpos da família toda (a esposa Helena, a mãe de 84 anos Alma, e os filhos Patrícia, Frederico e João Jr.) já em decomposição, e uma carta de 5 páginas onde John List confessava ao seu pastor ter matado a família com tiros “por misericórdia”, usando  uma 22 e uma pistola 9mm, armas que trouxera da guerra.

Depois de matar a família, John fugiu e se casou novamente, e o caso só foi solucionado 18 anos depois, ao aparecer no programa de televisão America’s Most Wanted (Os mais Procurados da América), e o que fez ele ser reconhecido que fez com que eu falasse sobre o caso aqui.

O busto de John List

Como John List tinha recortado o seu rosto das suas fotos depois de assassinar a família, a polícia não tinha como continuar procurando por ele ou divulgar muito sobre o caso, e como o carro dele foi encontrado no aeroporto de Nova Iorque com tíquete de estacionamento comprovando que o carro estava lá há mais de um mês, eles sabiam que ele já deveria estar longe e o caso foi dado como encerrado alguns anos depois.

Mas, para ser divulgado no programa “Os mais procurados da América”, em 21 de maio de 1989, o escultor forense Frank Bender reconstrói o rosto de John List em um homem envelhecido por muitos anos, a partir de uma foto muito antiga dele. E o busto de argila ficou TÃO PERFEITO que uma vizinha dele o reconheceu e o denunciou.

Veja a comparação da foto de como ele era na época do programa com o busto de John List:

John List e o busto programa “Os mais procurados da América”

Ao fugir, ele assumiu uma outra identidade e era conhecido como Sr. Robert Clark onde morava com sua nova esposa (Dolores Miller) e trabalhava como Contador em Richmond, subúrbio de Virgínia. E só foi reconhecido por que o escultor forense Frank Bender tinha feito um trabalho completíssimo e considerou até o seu estilo e personalidade para fazer o seu busto.

A pesquisa de Frank Bender incluiu ida à brechós, onde ele usou referências para definir que tipo de armação de óculos e roupas um homem com estilo tão tradicional estaria usando naquela fase da vida, e o resultado foi esse:

Estilo e personalidade de John List

Como John era conhecido como um homem tradicional, religioso e reservado, e trabalhava numa área de dress code mais formal, Frank Bender considerou esses traços de personalidade para pensar em como esse homem estaria se vestindo naquela época.

E como ele ainda trabalhava na sua profissão e nada em sua rotina tinha mudado (apenas o seu nome), isso facilitou o reconhecimento dele 18 anos depois.

Vejam a foto do dia da sua prisão, e percebam como o busto era MUITO semelhante à sua aparência atual – incluindo a armação do óculos!!

Vejam a comparação da foto de John List na época do assassinato e como ele era na época da sua prisão:

John List negou inicialmente que ele era mesmo quem o FBI procurava por todos esses anos, mas depois que ele soube que tinha uma comparação das suas digitais com as digitais encontradas no local do crime, ele acabou confessando – mas sempre justificando que tinha matado a família toda por misericórdia.

Em 1990, durante seu julgamento, seus advogados argumentaram que John sofria de transtorno do estresse pós-traumático por causa da Segunda Guerra Mundial. Os promotores e psicólogos especialistas achavam que estava passando por uma crise de meia idade, mas que obviamente isso não era motivo para matar a família.

John List foi condenado à prisão perpétua e morreu na prisão por pneumonia em 21 de março de 2008. Na única entrevista que deu na prisão, em 2002, John disse que não se suicidou após matar a sua família porque sentia que isso lhe impediria de ir para o céu. Tudo o que queria era se reunir com sua esposa, mãe e filhos no além, onde não há dor nem sofrimento.

Se vocês quiserem saber mais sobre o caso John List, vale a pena ver o vídeo onde a Jaqueline conta tudo em detalhes.

 

 

 

 

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!