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arquétipo não é pra ser visto

Arquétipo não é pra ser visto

Uma das coisas que mais me incomoda quando eu estudo arquétipo de marca pessoal (especialmente para pessoas, como ferramenta na consultoria de estilo, e não para marcas) é esse monte de perfis falando sobre como é o perfil de cada um dos arquétipos, querendo padronizar essa comunicação visual, e isso me incomoda porque arquétipo não é pra ser visto!

Eu já falei que não uso a teoria dos 7 estilos universais na consultoria de estilo porque é uma teoria que padroniza de forma genérica as pessoas, ignorando completamente o fato de as pessoas serem diferentes e muito complexas, e algumas pessoas que falam sobre arquétipo estão indo pelo mesmo caminho.

O erro dos 7 estilos universais

Eu já falei sobre os 7 estilos universais nesse texto aqui, e é uma teoria usada por muitas consultoras de estilo para definir o que a pessoa “precisa ter” no guarda-roupas dela de acordo com essas caixinhas. Assim:

  • Se você tem um estilo elegante (ou quer parecer elegante) você tem que ter peças de alfaiataria e usar blazer (no trabalho e no lazer), independente da sua idade e profissão (entre outras coisas que a gente deve levar em consideração)
  • Se você tem o estilo sexy (ou quer parecer sexy), você vai ter peças justas, curtas e decotadas, deixar o cabelo crescer e usar batom vermelho

Usando só esses dois exemplos já dá pra explicar o meu ponto: Existem VÁRIAS formas diferentes de ser elegante sem ser usando peças de alfaiataria ou blazer, e MUITAS formas de parecer sexy sem usar peças justas, curtas e decotadas – porque as pessoas são diferentes e o que foi definido como “universal” entre as décadas de 1980 e 1990, pelas consultoras de imagem e estilo Alyce Parsons e Mimi Dorsey já não funcionava pra todo mundo naquela época, e também não funciona pra todo mundo em pleno 2022.

Sete estilos universais femininos

Quando uma cliente me procura dizendo que quer parecer mais elegante, a primeira coisa que eu explico pra ela é que a consultoria de estilo é sobre ela e não sobre os outros, e que então, a gente vai falar sobre como ela vai se sentir mais elegante, de acordo com o que é elegante pra ela – e não de acordo com um manual que tem a minha idade e não evoluiu com o tempo.

É dessa forma que ela vai se sentir segura e coerente com quem ela é, e não se fantasiando igual à todo mundo, e o meu trabalho na consultoria de estilo é sobre isso: a pessoa se vestir de quem ela é (a hashtag que eu mais uso lá no instagram), sobre a essência da pessoa – e os arquétipos também (e por isso o arquétipo não é pra ser visto, e sim pra ser sentido também!).

Não dá pra agradar a todo mundo

Mesmo que você use alfaiataria e blazer na intenção de parecer elegante, vai ter alguém que olhe pra você e te ache careta, brega, moderna, ousada, sexy ou criativa, porque a pessoa te vê e te lê de acordo com os códigos dela, que foram criados de acordo com a essência, a personalidade e a cultura dessa pessoa.

É claro que alguns códigos de vestir são bem claros de VER, mas não é assim quando o assunto é SENTIR. Você já comprou uma roupa porque viu os códigos de estilo nela, e na hora de usar a peça, ela não fez você se sentir como você gostaria? Isso já aconteceu comigo em 2012, assim que eu me divorciei.

Eu queria parecer sexy e chamar a atenção masculina, e usei um vestido preto, justo, com brilhos e um recorte que deixava o ombro de fora e curto numa balada (na primeira foto abaixo) e além da frustração com a roupa, fiquei frustrada comigo, que não me sentia sexy usando exatamente o que as pessoas consideravam sexy.

O problema não estava em mim, e sim na generalização dos códigos, e eu só descobri isso em 2014, quando me formei consultora de estilo e entendi que o meu sexy era diferente (na segunda foto, acima) – e que tava tudo bem eu não me sentir sexy dentro de um vestido que está dentro do que é considerado sexy pela teoria dos sete estilo universais.

A ideia é a gente entender que não dá pra agradar a todo mundo porque cada pessoa vai te ver de um jeito diferente. Você tem que se agradar, se vestir pra você sentir o que é importante pra você, como eu explico nesse texto aqui, sobre as prioridades.

Arquétipo não é pra ser visto

Quando eu falo que arquétipo não é pra ser visto é justamente porque não existe um jeito só de mostrar a nossa essência através de roupas, cores, fotos ou tipos de letra, e porque arquétipo (assim como o estilo pessoal) é sobre a gente e não sobre o outro.

Arquétipo não é pra ser visto, e sim pra ser sentido. Você sente que ativa o seu arquétipo com alguns elementos específicos e se reconhece neles, e as pessoas que te veem não veem o seu arquétipo, e sim sentem a sua essência arquetípica.

Quando a gente se veste de acordo com a nossa essência, você se sente mais segura e é isso que a sua audiência / as outras pessoas sentem ao te ver. Se você repetir o perfil padrão de um arquétipo, você elimina a sua individualidade e ao invés de se sentir elegante (ou no arquétipo governante), vai sentir que está fantasiada.

Eu já falei mais sobre os 12 arquétipos de Jung no estilo pessoal nesse texto aqui, e sugiro ler ele também para complementar essa leitura. E não esquece de me seguir no instagram pra ver mais conteúdo como esse e conhecer melhor o meu trabalho!

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!