Vestindo Autoestima

Não tem nada pra vestir? Veja 3 motivos pra você se sentir assim

Você não é a única que tem a sensação de que não tem nada pra vestir – apesar de ter um guarda-roupas abarrotado.

Eu sou consultora de imagem e estilo desde 2014 e vejo que a maioria das pessoas tem um guarda-roupas cheio de peças que não são coerentes com quem a pessoa é ou com a imagem que quer transmitir, porque é composto por peças que foram compradas por impulso, ou sem pensar realmente nos fatores que as fazem valer a pena, ou porque não se conhece o suficiente.

A verdade é que ter muita roupa não é sinônimo de um guarda-roupas que renda muitos looks. Você precisa conhecer o seu estilo e saber comprar de acordo com ele para ter o que vestir todos os dias, independentemente da quantidade de roupas que você tem.

Para te ajudar nisso, eu vou falar dos 3 principais hábitos que limitam o seu guarda-roupas e te dão a sensação de que você não tem nada pra vestir:

3 coisas que te fazem pensar que você não tem nada pra vestir

A sensação de não ter nada pra vestir é o que faz as pessoas comprarem roupas novas o tempo inteiro, mas se essas peças não fizerem sentido para o estilo pessoal e a rotina delas, e não combinar com as outras peças que ela já tem, isso não vai mudar.

1. ACREDITAR EM LISTAS

Sabe aquelas listas que a gente vê na internet e nas revistas que falam sobre as peças que você tem que ter? Elas não são definitivas e nem servem para todo mundo, então, antes de comprar uma camisa branca só porque é uma peça clássica e nunca sai de moda, pense se ela cabe na sua rotina, se ela combina com o seu estilo e com as peças que você já tem no guarda-roupas, e se você realmente é uma dessas pessoas que deveria ter uma camisa branca no guarda-roupas.

camisa branca

Eu acredito muito que cada pessoa tem a sua própria lista de peças que tem que ter no guarda-roupas. Eu mesma, por exemplo, não uso uma camisa branca desde que parei de trabalhar em Recursos Humanos e comecei a trabalhar como consultora  de imagem e estilo (2014), porque percebi que apesar de ser uma peça clássica, atemporal e neutra, não faz sentido para o meu estilo, que não combina com esses rótulos, sabe?

2. COMPRAR (OU MANTER) PEÇAS QUE NÃO COMBINAM COM A SUA VIDA

A semana é composta de 5 dias úteis e o final de semana tem apenas 2 dias e 3 noites, então, a maioria das pessoas precisa de mais roupas de trabalho que de roupas de passeio.

A ideia é você dividir o seu guarda-roupas em fatias (como um gráfico em pizza, sabe?) e entender como é a sua rotina. Talvez alguém que trabalhe 5 dias na semana precise de roupas de passeio porque tem uma vida social agitada, e vai achar que não tem nada pra vestir se tiver mais roupas de trabalho.

A quantidade de peças de passeio que você precisa ter diminui se a sua vida social não é lá tão agitada quanto você gostaria que fosse, então pense várias vezes antes de comprar outra blusa com paetês, ou transparente, que você só pode usar na balada.

O mesmo questionamento serve para a quantidade de peças de ginástica que você tem (mesmo que você só vá à academia uma vez por semana), ou de biquínis (mesmo só indo à praia na viagem de Carnaval), ou de casacos (mesmo quando você mora num lugar muito quente e que quase não tem frio), ou de peças que você só vai usar se emagrecer, ou se engordar, ou se mudar de emprego, ou quando tiver uma vida diferente da que tem hoje!

Se o seu guarda-roupas não é proporcional e coerente com a sua rotina, você vai sentir que não tem nada pra vestir porque é verdade!

3. MANTER-SE NA ZONA DE CONFORTO

Zona de conforto é um tema que daria pra debater num texto falando só sobre isso, mas a intenção é te fazer pensar nessas questões de forma mais ampla. A zona de conforto te faz usar pouco as peças que tem, porque você as rotula como “peças de trabalho” e “peças de passeio” (fiz esse texto pra te ajudar a diferenciar as suas roupas de passeio e de trabalho), ou que você só combina com aquelas mesmas peças que você já sabe que funcionam juntas, fazendo um conjuntinho, sem testar novas coordenações. A zona de conforto também te faz comprar sempre o mesmo tipo de modelagem, as mesmas cores, o mesmo modelo, e isso definitivamente não é legal.

Nas fotos abaixo, da etapa de montagem de looks com a minha cliente, mostrei formas diferentes de usar a calça pantacourt estampada, dentro do estilo dela – e por isso rolou até mix de estampas!

A boa notícia é que você pode sair da zona de conforto ao ganhar repertório, e é exatamente esse o meu trabalho como consultora de imagem e estilo!

Sentir que não tem nada pra vestir é diferente de não ter roupa

Eu sempre mostro as etapas da consultoria de estilo lá no instagram a quantidade de roupas que sai do guarda-roupas da cliente na etapa de revitalização, e sempre falo a mesma coisa desde 2014: nenhuma dessas peças vai fazer falta, porque elas já “não existiam” antes, ou seja, não eram uma possibilidade, por motivos variados.

É importante pensar que, ao montar o seu guarda-roupa, você precisa pensar numa série de fatores externos, como o seu trabalho e vida social, além dos fatores internos, que estão relacionados a sua personalidade e gostos pessoais, para decidir quais peças valem a pena ou não e não gastar dinheiro em roupas que só servirão para amontoar poeira no armário e manter essa sensação de que você não tem nada pra vestir!

Se precisar da minha ajuda, me manda uma mensagem por aqui!

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