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o impacto da barbie na autoestima

O impacto da Barbie na autoestima

Com o lançamento do filme hoje, impossível não pensar em como teria sido a infância e a adolescência de muitas mulheres sem o impacto da Barbie na autoestima.

Eu nasci em 1981, e a Barbie estava no seu auge (a boneca foi criada em 1959) enquanto eu era criança e adolescente, quando a gente tem desenhos e bonecas como referências – ainda mais uma boneca como a Barbie, que é bonita, rica, bem sucedida e amada, né? Por isso eu decidi falar sobre o assunto.

Em 2019 a Barbie fez 60 anos, e eu já mostrei aqui que teve uma coleção inclusiva lançada pela loja Riachuelo, com peças com a estética da Barbie (que agora é chamada Barbiecore) e adaptadas para pessoas com deficiência, tendo levado inclusive modelos cadeirantes e com outras deficiências para as passarelas.

Essa coleção também faz parte de um movimento que começou lá em 2016 com mais profundidade (porque já tinham lançado bonecas especiais como grávidas ou cadeirantes), quando a empresa lançou a Barbie com corpos e cores de pele diferentes, justamente para representar outras mulheres / crianças e diminuir o impacto da Barbie na autoestima dessas pessoas.

O impacto da Barbie na autoestima feminina

Ainda que o padrão de beleza tenha mudado algumas vezes durante a história, é correto afirmar que existiu o impacto da Barbie na autoestima feminina nesses últimos 64 anos. Toda menina queria ser como a Barbie quando crescesse, seja por causa da sua beleza (loira, olhos azuis e magra – tão magra que tinha medidas impossíveis de alcançar), quanto pelo seu estilo de vida, a quantidade de roupas que ela tinha, carros, sucesso na profissão e um amor perfeito, com um cara (o Ken) que era tão perfeito quanto ela.

Além disso, também tinha o fato de a Barbie ser uma boneca cara, então várias meninas não conseguiam ao menos ter a boneca. Isso tudo afeta a nossa autoestima, né?

Em 2016, a Mattel (empresa que criou e vende a Barbie) apresentou uma novidade que ficou conhecida como “A evolução da Barbie”. A linha contava com sete tons de pele, 22 cores de olhos, 24 estilos de cabelo e quatro tipos de corpo (chamados de original, curvilíneo, alta e ‘petite’).

Um vídeo divulgado nas redes sociais na época do lançamento falava um pouco dos bastidores da criação da boneca e mostrou meninas que aprovaram as diferentes formas das bonecas. “Isso é importante porque não existe um padrão do que é um corpo bonito”, diz Robert Best, designer de produto da Barbie. “Vai ser muito mais divertido para as meninas poderem escolher bonecas com as quais elas se identificam”, opinou outra designer, especializada nos cabelos. “É legal as pessoas serem diferentes”, disse uma das meninas, enquanto falava das novas bonecas.

Com o lançamento da Barbie com corpos diferentes, muitas meninas (crianças e adolescentes) e mulheres se viram representadas, e representação é importante para a autoestima – a gente começa a se ver no lugar que antes era ocupado só pela mulher loira, magra e de olhos azuis.

Apesar de falar mais sobre o impacto da Barbie na autoestima de crianças e adolescentes, eu atendo muitas clientes na consultoria de estilo que têm a autoestima baixa e queixas sobre o corpo que são tão normais que não deveria ser um problema, como a celulite, por exemplo.

Estudos mostram que mais de 90% das mulheres têm celulite, ou seja, é normal / comum ter celulite. Ver uma Barbie com celulite também é uma forma de mostrar que “se até ela” tem, tudo bem a gente ter também!

Nesse post aqui lá no meu instagram eu falo sobre isso e mostro que eu também tenho celulite (apesar de ser bem magra também).

Essas novas “Barbies” com formatos de corpos diferentes, tamanhos de peito, quadris, barriga, coxas, tipos de cabelo e de cor de pele fazem a gente construir um novo olhar para ver beleza nas singularidades.

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!