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Brazilcore: Você vai aderir?

Se você está no instagram, provavelmente já viu alguma influenciadora (nacional ou gringa) ou perfil de moda mostrando a nova camisa da seleção brasileira para a Copa do mundo 2022, mas está tão diferente dos outros anos que tem esse campeonato mundial que está sendo chamado de Brazilcore!

O que é o Brazilcore?

Brazilcore é como está sendo chamada essa movimentação mundial em cima do maior símbolo de um país, que é a sua bandeira e as suas cores, que fez o Brasil virar uma tendência fashion no mundo todo, também conhecida como Brazil aesthetic.

Usar as cores do país em ano de Copa do mundo é muito comum, muito além das pessoas que gostam de futebol e acompanham o esporte o ano todo, como eu! Na foto acima, vemos a Malu Borges, uma das maiores influenciadoras de moda da atualidade, usando o casaco esportivo como item de luxo num look com salto alto.

Mas, mesmo quem não é fã de futebol sabe que as pessoas costumam usar a camisa do seu próprio país e não a camisa de outros países (como está acontecendo atualmente com a camisa do Brasil), e isso já chama a atenção por si só, mas esse ano temos uma outra questão importante para considerar.

Dá pra usar a camisa da seleção brasileira em 2022?

Esse ano vai ter Copa do mundo no Qatar, e esse é um dos momentos que as pessoas vivenciam o seu patriotismo, usando com orgulho as cores da bandeira nacional. Mas, dá pra aderir ao Brazilcore sendo brasileiro? Trouxe alguns pontos pra gente pensar:

2022 é ano de eleições

As cores da nossa bandeira não têm tido uma imagem muito positiva nos últimos anos, já que foi associada ao atual presidente do país e aos seus eleitores – o que fez com que muitas pessoas (como eu!) não quererem usar mais a camisa da seleção brasileira para não ser confundido com um bolsonarista.

Eu sou consultora de estilo e dizer que a nossa roupa comunica quem a gente é já não é um segredo, e esse é um dos maiores exemplos, especialmente num momento tão delicado da política nacional.

Inclusive, a cantora Anitta, que é uma das maiores críticas do governo Bolsonaro e está apoiando o Lula nessas eleições (como eu!), usa as cores do Brasil em suas apresentações internacionais, mas faz questão de se posicionar politicamente para evitar qualquer confusão.

Felizmente a Copa do mundo vai acontecer depois das eleições para presidente do Brasil, e muitas pessoas (como eu!) estão otimistas que o Bolsonaro não seja reeleito e a gente consiga resgatar tanto a camisa da seleção brasileira em 2022 e aderir ao Brazilcore, quanto que a gente resgate tantas outras coisas que o povo brasileiro perdeu nesses últimos 4 anos.

Para quem não quer arriscar, outra opção é a camisa azul, que é menos associada ao bolsonarismo e mais aceita entre pessoas de esquerda.

Inclusive, a camisa azul dessa coleção nova da Nike seria a minha opção, se não fosse tão cara (vou falar desse assunto a seguir).

Nesse texto aqui eu explico porque moda também é política, e vale a pena ler pra entender o quanto esse tema é maior e mais importante do que algumas pessoas pensam.

Quem tem dinheiro pra comprar a camisa da seleção brasileira?

Como eu disse, eu adoro futebol e fiquei apaixonada pelas duas camisas novas da seleção brasileira, feitas pela Nike. Já falei nesse texto aqui que a moda e o esporte andam juntos em vários momentos, como nas Olimpíadas e na Copa do mundo, e como amante dessas duas artes, eu entendo o motivo de o Brazilcore estar acontecendo e gente do mundo todo estar usando as cores do Brasil mesmo 4 meses antes de a Copa do mundo começar.

Mas, a gente não pode deixar de considerar a economia atual, e vender uma camisa por mais de R$500 é mais uma amostra do quanto a moda é elitista e excludente em vários momentos, o que está gerando um outro movimento, que é a falsificação da camisa oficial, para que as pessoas consigam ter acesso a esse item.

Um dos tweets que mais viralizou sobre esse assunto foi o de um advogado, que disse que apesar de a pirataria ser um crime, nesse caso ele defende a compra da camisa falsificada, porque entende que pirataria também é sobre outras coisas como distribuição e acesso.

Esse assunto é muito amplo e complexo, e a ideia não é focar nisso. Eu particularmente não compro produtos falsificados e não indico para as minhas clientes da consultoria de estilo, mas entendo que nem todo mundo tem esse privilégio ou escolhe, de forma consciente, comprar produtos falsificados para não ficarem por fora de uma tendência, como o Brazilcore.

Também é importante dizer que a pirataria no esporte sempre existiu e com lojas como a Shopee e a Shein está cada vez mais comum as pessoas comprarem itens falsificados. Para complementar esse tópico, vale ler o texto que eu escrevi sobre os motivos que levam alguém a comprar bolsas falsificadas, clicando nesse link aqui.

E pra quem não quiser comprar a camisa da seleção mas quer entrar na Brazilcore, vale a pena usar as cores da bandeira no look de um jeito diferente, como nessa dica que eu mostrei lá no instagram:

 

 

 

 

 

 

 

 

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!