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Como não ficar com cara de crente?

Nesses mais de 7 anos como consultora de estilo, várias vezes as clientes me deram o mesmo feedback ao experimentar uma saia na etapa de compras ou pra me dizer o porque não usam uma saia que está parada no seu guarda-roupas: “acho que tem cara de crente!”

Quando a gente fala de estilo e imagem pessoal, a gente precisa considerar o que é senso comum, pra gente usar a nosso favor ou evitar alguma coisa negativa, e essa ideia de “cara de crente” geralmente aparece junto com looks com saias em geral – especialmente as jeans e midi.

Atualmente eu estou atendendo uma cliente da consultoria de estilo presencial aqui no RJ que me contratou com uma demanda bem específica: ela só pode usar saias na igreja dela  (Assembléia de Deus), mas não quer “ficar com cara de crente”. E como não é a primeira vez que eu tenho cliente evangélica com essa demanda (e outras clientes têm essa mesma imagem), resolvi fazer esse texto de hoje.

Para sugerir peças que ela não sinta que está com “cara de crente”, eu primeiro precisei entender o que é ter “cara de crente” pra ela – que pode ser uma coisa completamente diferente pra mim.

Mas, antes de dar as dicas sobre como não ficar com cara de crente, vou falar sobre algumas coisas que vale a pena a gente pensar.

Dress code da igreja evangélica

Eu trabalhei 12 anos em recursos humanos antes de começar a trabalhar como consultora de estilo, e sempre falo que o dress code precisa ser respeitado – seja numa empresa, numa festa ou numa instituição como a igreja.

No caso dessa minha cliente atual, ela não pode usar calça comprida e nem blusas que deixem os ombros de fora, então o uso de saias e blusas e vestidos com manga é o dress code da igreja, e ela precisa obedecer – mas, existem vários tipos de saias e vários tipos de blusas, né? Por isso é importante entender dos elementos do design, como eu mostrei nesse texto aqui, e saber em qual deles a gente pode ou não mexer de acordo com o nosso estilo.

Vamos pensar nas restrições dela:

  • Não pode usar calça comprida. Opções: Saias e vestidos
  • Não pode usar blusas e vestidos que deixem os ombros de fora. Opções: Mangas de modelagens diferentes e sobreposições sobre peças de alça

Na lista de restrições não tem cores específicas (a gente pode ousar aqui e usar as cores da cartela de coloração pessoal dela, que já vai dar um UP na autoestima), nem proíbe estampas e acessórios, e não restringe a algum tipo de sapato específico.

É óbvio que cada pessoa tem a sua listinha de coisas que acha adequada ou não para usar na igreja (ou no trabalho, ou qualquer outro lugar), e a ideia é mostrar que a gente vai mexer no que ela pode mexer, e não focar no que ela não pode usar. Mudar o foco e a perspectiva sempre ajuda nesses casos! Não tem outro jeito, gente! Se a situação tem um dress code específico, não dá pra ficar sofrendo pelo que não pode usar! Vamos focar em aumentar o repertório dentro do que é permitido!

Depois que a gente já sabe quais são as opções, a gente escolhe as que mais tem a ver com o estilo / personalidade, a rotina, o trabalho e a silhueta dela. E eu fiz a proposta de identidade visual com algumas opções, pra ela ver que dá pra se sentir bonita com cara de crente!

Inclusive, tem um curso online que eu super indico, da Renata Castanheira, no instagram com nome “crente chic” (que é uma das blogueiras evangélicas mais famosas e é a mulher que ilustra todas as fotos que eu usei nesse post). Para comprar o curso “como ser uma crente chic” da Renata, basta clicar nesse link aqui e ter acesso ao conteúdo completo que ela criou!

Dicas pra não ficar com cara de crente

Quando eu imagino um look de mulher evangélica eu visualizo dois tipos de saia: A evasê estampada e a lápis jeans, então, eu não evitaria esses dois modelos para não ficar com cara de crente. E na parte de cima, é sempre uma manga tradicional, seja de manga comprida ou camiseta. Tipo essas imagebns aqui. Entende? E aqui, eu estou falando da minha opinião pessoal e não de uma regra de estilo, tá?

Saias pra não ficar com cara de crente

Sem dúvida a saia é a maior dificuldade entre as mulheres evangélicas que eu já atendi, e o que mais as clientes em geral me dão feedback sobre ter dificuldade de usar sem ficar com cara de crente. Então, vamos começar falando das saias, e a minha primeira sugestão é mudar a modelagem da saia que tem esse estereótipo pra você.

Então, agora vamos para os looks que eu não acho que estão com cara de crente: Essa primeira saia jeans parece muito uma calça pantalona que eu tenho, que também é jeans nessa mesma lavagem, e eu usaria tranquilamente – apesar de não gostar de saia jeans. Essa segunda, com recortes e assimetrias também achei bem moderninha, e a terceira tem uma pegada romântica e bem elegante.

Mangas diferentes pra não ficar com cara de crente

O segundo ponto da minha cliente é a manga das blusas e vestidos. Variar a modelagem também ajuda bastante, e pode deixar o look mais moderninho.

Aqui, nessa seleção, tem manga ampla / morcego, renda (com uma transparência que deixa a pele de fora mesmo sem parecer que tá mostrando hehehe), manga bufante (que está super na moda), e uma manga mais estruturada, imitando uma ombreira, que é mais moderna e ousada!

Mudando os elementos de design das roupas

Nessa outra imagem, eu selecionei algumas opções com usando os elementos de design das roupas para deixar os looks mais interessantes: cores coloridas, texturas, tecidos, linhas (internas e externas) e modelagens mais interessantes – sempre levando em consideração o que eu considero estarem dentro do estereótipo “cara de crente” – o que eu faço, na consultoria de estilo, com o gosto da cliente!

Incluindo acessórios nos looks

A Renata Castanheira (que eu estou usando de inspiração nesse post por ser uma referência quando o assunto é moda evangélica), não usa acessórios muito grandes ou chamativos, e eu não sei dizer se é por causa do estilo dela ou por causa da doutrina que ela segue, mas ela ousa bastante nas cores das bolsas e dos sapatos, usa bastante cinto e modelos bem modernos de sapatos também (como a bota e o tênis branco)

Caso você goste e possa usar (como essa minha cliente), vale apostar neles para deixar os looks mais interessantes também. Os acessórios sempre fazem diferença nos looks, independente de ser uma correntinha dourada e um brinco pequeno ou colares e brincos grandes e coloridos!

Fazendo sobreposições

Como os ombros não podem ficar expostos, a sobreposição é um truque de estilo muito usado, e usar uma camisa ou blusa por baixo da alcinha, ao invés de uma terceira peça por cima é uma forma diferente de cobrir os ombros!

Eu inclusive uso desse artifício de vez em quando, pra usar vestido nos dias mais frios, como eu mostrei lá no instagram:

Nesse texto aqui eu falo sobre como inserir uma terceira peça no calor!

Usando tendências

A “cara de crente” geralmente é associada a termos como “careta”, “sem graça” ou “comportada demais” e por isso, a gente precisa usar elementos que passem uma mensagem oposta (se a sua ideia for não ficar com cara de crente, óbvio!).

Então, usar coisas que estejam na moda, que sejam tendência atualmente, vai fazer você parecer mais moderna e ousada instantaneamente. Nesse exemplo, tem conjuntinho de moletom com tênis (o estilo que está sendo chamado de ath flow), jaqueta biker e manga bufante!

Ter cara de crente é ruim?

Não, não é ruim. Mas, eu fiz o texto todo inspirado na demanda da minha cliente (e que já foi uma demanda de outras clientes antes, como eu falei) e usei o meu gosto pessoal (minha referência de “cara de crente”) para sugerir looks que quebram essa mensagem!

Pra finalizar, vou repetir que nada aqui é uma regra, e, principalmente, que não é errado / cafona / feio se vestir do jeito que eu mostrei que é como eu enxergo esse estereótipo!

Não usei informações e gostos da minha cliente para não expor ela aqui e nem dar spoiler da proposta que eu vou apresentar pra ela – já que ela conheceu o meu trabalho por aqui e provavelmente vai ler esse texto antes da nossa conversa!

Como ser uma crente chic?

Como eu falei, a “cara de crente” é um estereótipo, e se o dress code da sua igreja demanda que você use algum tipo específico de roupa e você quer obedecer essas regras de forma mais interessante, mas não sabe como fazer isso sozinha e nem pode fazer uma consultoria de estilo agora, você pode comprar o curso online da Renata Castanheira, que é o “como ser uma crente chic”, clicando nesse link aqui.

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!