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Diferença entre moletom e moletinho

Eu adoro roupa confortável, e não dá pra falar de roupa confortável sem falar de moletom, né? Quem me segue lá no instagram sabe que é um dos tecidos que eu mais uso. Mas você sabe a diferença entre moletom e moletinho? Vou te contar!

Diferença entre moletom e moletinho

Como eu falei, moletom é um dos tecidos que eu mais uso, mas eu tenho algumas peças de moletinho também.

E como moletom e moletinho são dois tecidos, antes de falar sobre a diferença entre eles, eu preciso dizer que essa diferença é muito técnica e que não vai estar na etiqueta das peças (justamente por serem tecidos e não fibras), mas você pode ver a diferença tanto visualmente quanto no toque, e isso é o mais importante aqui.

Veja as características básicas deles pra entender a diferença entre moletom e moletinho:

  • Moletom: mais grosso e resistente, com a gramatura pesada e maior.
  • Moletinho: mais macio, maleável e fluido, e com a gramatura mais leve.

Só de falar a gente já entende que o moletinho é menor que o moletom, né? O nome já está no diminutivo e isso facilita visualmente!

Consegue ver que na primeira foto (moletinho) o tecido é bem fininho e mais fluido, e que na segunda foto o tecido é mais encorpado / estruturado e mais pesado?

Para quem não trabalha com moda e não precisa entender muito de tecido, essa explicação visual e teórica já é o bastante. Mas, quem me acompanha sabe que eu adoro falar de tecido, né? Então, vou um pouco mais além!

Porque não tem moletom e moletinho na etiqueta?

Como eu falei no começo do texto, você não vai achar escrito moletom e moletinho na etiqueta, porque os dois tipos são tecidos e não fibras, e eu vou falar especificamente sobre isso num outro texto, mas por hoje é importante você saber disso: o que a gente vê na etiqueta é a fibra (ou as fibras) que compõem aquele tecido e não o tecido em si.

Mas, ainda assim, é importante olhar na etiqueta sim e vou explicar porque!

Independente de ser um moletom 2 cabos ou 3 cabos, felpado ou careca, todos são um tipo de malha, e por isso, são confortáveis e informais.

Esses “cabos” são a quantidade de camadas de fios que o tecido vai ter, e quanto mais camadas, maior é a gramatura. Para fins de comparação, uma camiseta tem uma camada apenas. No moletom, uma dessas camadas é de algodão e as outras podem ser do mesmo material, poliéster ou lã.

Já o moletinho em geral é 50% algodão e 50% poliéster ou viscose, podendo inclusive ser uma segunda pele térmica nos dias mais frios, já que tem fibras mais quentinhas.

Como saber qual deles é o melhor?

Eu já falei nesse texto aqui que existe um tipo de tecido pra cada tipo de necessidade que a gente tenha, e é aqui que a coisa fica mais interessante!

Como eu falei no texto sobre look em camadas, nem sempre o tecido mais grosso vai esquentar e o mais fino vai ser fresquinho. Então, é por isso que mesmo não tendo moletom e moletinho na etiqueta, você precisa olhar na etiqueta pra entender a composição!

Se a peça for 100% algodão vai ser uma peça mais fresquinha e não vai proteger do vento e do frio. Se a intenção for esquentar, o ideal é um moletom e moletinho que tenha poliéster ou lã na composição, porque são mais quentes e têm característica isolante!

O Moletom 3 cabos é mais pesado e por isso aguenta um inverno mais pesado, e também é usado em uniformes – que é pro que provavelmente ele foi inventado (como eu vou falar a seguir).

Já se o assunto for imagem pessoal, vale lembrar que peças mais fluidas são mais informais e as mais rígidas e estruturadas ficam mais arrumadinhas! Olha dois exemplos de peça estruturada:

A história do moletom

O  nome moletom é um estrangeirismo, com origem na palavra francesa molleton. É o francês “molleton”, nome de um tecido macio de algodão ou lã, de “mou”, “suave, macio”, do latim “mollis”, “mole, suave”.

Existem pelo menos 4 versões sobre a criação do moletom:

  • a primeira conta que o moletom foi criado na década de 1920 para proteger os trabalhadores nos frigoríficos
  • outros relatos indicam que ele apareceu em 1925 e foi criação dos irmãos Abe e Bill Feinbloom, que trabalhavam na fábrica americana de roupas esportivas Champion, que ainda hoje tem os moletons mais cobiçados do mundo fashion
  • e também há informações de que o criador do moletom foi a também americana Russel Corp, no ano de 1926
  • há ainda uma teoria que afirma que o moletom surgiu para proteger os jogadores de basquete e basebol do frio e para absorver o suor. Moletom em inglês é “sweatshirt” (“sweat” é “suor” em português).

Nos anos 60, teve a popularização do moletom nos Estados Unidos com os estudantes universitários. Nos anos 70, a cultura do hip-hop adotou o moletom com capuz, o chamado “hoodie” (moletom canguru) como expressão cultural.

Na década de 80, o moletom conquista de vez o streewear e passa a ser usado por várias tribos urbanas, atingindo o auge de popularidade fashion quando chegou ao cinema com a protagonista do filme “Flashdance”.

E mesmo que até hoje tenha quem não consiga desvinculá-lo da imagem de um tecido simples, usado exclusivamente para roupas esportivas e pijamas, já na década de 90, os moletons tomaram conta das passarelas, com coleções exclusivas feitas com o tecido.

Em 2020, com o início da quarentena, o moletom virou o queridinho do look de home office, e já fiz um texto pra indicar onde comprar moletom interessante, pra quem, assim como eu, gosta do conforto da peça dentro e fora de casa.

Nesse vídeo eu mostro looks que eu usei durante uma semana usando peças de moletom e moletinho! Vai lá no instagram e me conta se você conseguiu ver quais peças são de moletom e quais são de moletinho!

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!