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Como flexibilizar o dress code pós pandemia?

Eu venho escrevendo alguns textos aqui sobre dress code com mais freqüência ultimamente, porque sempre recebi feedbacks das minhas clientes que o fato de eu ser psicóloga é um diferencial no meu atendimento, e os meus 12 anos de experiência em recursos humanos também ajudam muito a pensar em como as empresas podem flexibilizar o dress code pós pandemia.

Pra que serve o dress code?

Antes de falar em como as empresas podem flexibilizar o dress code pós pandemia, eu preciso explicar pra que serve o dress code, o que também vai ajudar as empresas a entenderem porque ele pode ser flexibilizado.

Dress code, como o próprio nome sugere, é um código de vestimenta, que vai indicar a maneira mais adequada para se vestir no trabalho, de acordo com a imagem que a empresa quer passar através dos seus funcionários.

O objetivo do dress code é padronizar o visual das pessoas sem um uniforme específico, fazendo com que elas estejam em conformidade com a imagem da instituição ou com a situação (como o dress code de um casamento ou festa, por exemplo).

Para não deixar esse texto muito longo, clica aqui pra ler o texto que eu explico porque o dress code é importante.

Como as empresas podem flexibilizar o dress code pós pandemia?

Agora que já fiz essa pequena introdução, vamos às dicas que eu separei, pensando em como as empresas podem flexibilizar o dress code pós pandemia.

Você fez de pijama o que faz de blazer e salto alto

Durante a quarentena (especialmente no comecinho de 2020, na primeira onda do Covid), muitas pessoas trabalharam de pijama em casa – um dos itens mais vendidos durante a pandemia, junto com o moletom.

Eu fiz alguns textos sobre como se vestir no home Office e muitas outras pessoas falaram sobre a importância de se vestir para o trabalho mesmo que fosse trabalhar sentada na cama ou na mesa da sala, mas o moletom e o pijama foram a primeira opção de roupa de trabalho pra muita gente (mesmo que na parte de baixo do corpo, que não aparecia nas vídeos conferências).

E mesmo assim, essas pessoas continuaram sendo eficientes e profissionais, entregando bons trabalhos e cumprindo prazos (mesmo numa pandemia, e às vezes com crianças em casa) – e isso mostrou para as empresas que não tem necessidade de exigir um dress code muito rígido ou manter o uso de peças desconfortáveis na volta ao escritório.

Vale a pena lembrar da empresa aérea SkyUp Airlines que trocou o uniforme das aeromoças e substituiu a saia lápis, blazer e salto alto pela calça ampla e tênis depois de décadas de tradição nessa profissão. Eu mostrei lá no instagram:

Eu não estou sugerindo que as empresas liberem o pijama e o moletom para o ambiente de trabalho, até porque existem várias outras formas de estar confortável e arrumada ao mesmo tempo. Mas, vale a pena escutar as funcionárias (ainda que sejam as líderes das equipes) para saber o que dá pra flexibilizar, o que pode sair e o que pode fazer parte desse novo dress code.

Para substituir a calça de alfaiataria tradicional, uma sugestão é a calça em tecido plano com elástico atrás, que é mais flexível e confortável, e peças mais amplas, como a pantalona e a clochard.

Consegue ver como essas duas fotos passam mensagens bem parecidas, mas a primeira calça é mais confortável e informal que a segunda? O tecido e a modelagem ajudam muito no conforto, especialmente quando não se pode mexer nas cores!

Acabar com a obrigatoriedade do uso de salto alto

Mesmo quem se arrumou para trabalhar em home Office, provavelmente estava descalça ou de chinelo, para se sentirem mais confortáveis.

Pesquisas mostram que o número de sapatos de salto alto comprados durante a pandemia caiu bastante, enquanto uma grande variedade de sapatos flat (sem salto) foram comprados em maior quantidade – incluindo o tênis.

Vale investir em sapatos mais formais, como o mocassim, o Oxford e o loafer em cores neutras coloridas:

Os sapatos metalizados sem salto também podem ser uma boa opção, e são neutros também!

Nesse texto aqui eu falei sobre 6 sapatos sem salto para um look de trabalho elegante, e se você ainda não leu, clica pra ler e aumentar o seu repertório!

Para o tênis, os brancos de couro, chamados “tênis social”, podem ser a melhor opção para o trabalho, inclusive junto com a alfaiataria, que já é moda fora do ambiente de trabalho há muito tempo.

Para as mulheres que gostam de salto alto mas querem opções mais confortáveis (ou para as empresas que querem eliminar o salto fino e altíssimo do dress code), a minha sugestão é o salto bloco, na cor e no mesmo material do sapato (ao invés de materiais mais naturais e informais como a cortiça, por exemplo).

Eu falei sobre como vai ficar o salto alto pós pandemia nesse texto aqui, complementando as informações desse texto pra te ajudar a pensar melhor em como flexibilizar o dress code!

Aceitar substitutos para o blazer

O blazer é a peça saída do guarda-roupas masculino que mais representa o poder, e 9 em cada 10 posts sobre elegância elegem essa peça como fundamental.

Na minha experiência pessoal e como consultora de estilo, eu vejo que exigem vários substitutos para o blazer que podem causar o mesmo efeito visual como terceira peça (eu já falei nesse texto aqui sobre como incluir uma terceira peça no look mesmo no calor) deixando o look mais elegante, e cobrindo o ombro e parte dos braços sem ser tão formal, masculino e caro.

Quem nunca começou num emprego e mesmo antes de receber o primeiro salário comprou um blazer para parecer mais profissional, mais velha, séria ou competente? Eu já fiz isso várias vezes quando ainda trabalhava em recursos humanos, e vejo clientes pensando em investir em blazers caros quando o dress code poderia aceitar outras sobreposições (de acordo com o nível de formalidade), como:

  • coletes
  • jaquetas
  • kimonos

O blazer colorido e feito de tecidos mais informais também pode ser uma opção para deixar o dress code menos rígido, e eu já falei nesse texto aqui como usá-los no trabalho!

Essas fotos acima são da montagem de looks de uma cliente da consultoria de estilo aqui no Rio, que não usava o blazer lilás por achar que não combinava com as roupas que ela tinha. Esses foram os 6 looks que eu sugeri com peças que ela já tinha no guarda-roupa!

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Priscila Citera

Apaixonada por pessoas e por moda, resolvi unir a Psicologia e 12 anos de experiência em recursos humanos com a formação em Consultoria de Estilo pela Oficina de Estilo, e desde 2014 ajudo mulheres e homens desse mundão todo a transformarem personalidade em looks e roupas em representação da personalidade, sem que eles precisem gastar muito!